Eventos Musicais:
A cidade, a multiplicidade, a técnica.

Curso gratuito para formar produtores culturais em BH.

Quer aprender a fazer um festival de música? Da pré até a pós produção? Inscreva-se!

Escola Híbrido de Festivais

A primeira edição do curso Eventos musicais: A Cidade, A Multiplicidade, A Técnica vai selecionar, por meio de um edital, 20 pessoas com interesse em atuar na área.

Ao final, os alunos vão produzir um festival musical (transmissão online) como conclusão de curso!

Módulos do curso

MÓDULO A - TEÓRICO-CRÍTICO - PENSAR - SENTIR - APROXIMAR

Aula 01 – Cultura e Espaço Público

Professora: Paula Kimo e Victor Diniz 

Como a cultura participa dos processos de disputa do espaço público urbano? A partir dessa questão, nos propomos a pensar o encontro entre arte, cultura e política como possibilidade de ressignificação da cidade e das vivências a partir dela. A ocupação do baixo centro de Belo Horizonte pela cultura (a partir da Praia da Estação) e suas relações com a cadeia produtiva da cultura em Belo Horizonte. A rua, o espaço público, seus locais “vazios” e as resistências criativas nos levam ao contraste entre ocupação e gentrificação na dinâmica da cidade, suas urgências e potências.

Aula 02 – Cultura e Mercado: subjetividades, des(construções) e ressignificações

Professor: Wesley Diniz

Problematizar cultura e mercado em articulação com os possíveis territórios é fundamental para se pensar nas manifestações artísticas. Como sujeitos singulares em consonância com coletividades, os agentes produtores de cultura precisam compreender e analisar criticamente os agenciamentos que surgem através dessas conexões. O devir aristotélico, a semiótica peirceana,  as ideias potentes de Guattari e o repertório dos alunos são elementos narrativos essenciais para a experimentação que se propõe na disciplina e no curso. O olhar sensível deve ser estimulado e permanente. 

Aula 03  – Cultura e Multiplicidade

Professor: Aline Vila Real 

Através de provocações que relacionam arte e política, questionam as relações entre os atores sociais que constituem culturalmente as cidades, vamos discutir sobre multiplicidade. Os espaços urbanos são palcos para as manifestações culturais assim como personagens que atuam na dinâmica da população, influenciando e sendo alterados por ela. Vamos considerar os territórios físicos e simbólicos e como a produção cultural pode se apresentar como uma ação criativa.

MÓDULO B - CRIATIVO - IMAGINAR - DIRECIONAR - DESENHAR

Aula 04 – Público, conceito, curadoria e programação

Professor: Laura Guimarães, Victor Diniz e Gabriel Assad

Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move”. Essa frase do educador Paulo Freire nos provoca a pensar nas relações entre o trabalho paciente e investigativo da curiosidade e as interfaces com a criação. Nessa aula, serão discutidos os processos de desenvolvimento do conceito do evento e sua curadoria. Como criar o conceito? O que pensar? Como organizar as ideias? E, a partir do conceito, como fazer a curadoria? Como curar no coletivo? Qual a diferença entre curadoria e programação? O que deve se considerar ao escolher as atrações de um evento e outros desafios relacionados ao tema. 

Aula 05 – A Técnica (introdução) ou Espaços e fluxos:  mapa do evento

Professor:  Marah Costa

A importância de atrelar e imprimir os conceitos, propósitos e objetivos na criação dos espaços e fluxos dos festivais. Como materializar experiências a partir de construções estruturais, visuais, técnicas, simbólicas e sensoriais no planejamento dos mapas dos eventos, transformando as vivências (presenciais e/ou virtuais) tanto do ponto de vista do público, quanto de convidadEs/artistas, de parceiros/patrocinadores, quanto de toda a equipe envolvida (o backstage também é parte do evento). Estabelecer os caminhos a serem percorridos, perfazendo momentos de condução do olhar do público, momentos de “liberdade” e momentos de co-criação, buscando proporcionar espaços de cooperação, engajamento e fruição.

MÓDULO C - TÉCNICA - CONHECER - APRENDER - FAZER

Aula 06 – Direção Executiva

Professora: Gigi Favacho

Diante de tantas ideias e caminhos – como viabilizar financeiramente, não apenas um evento, mas toda a cadeia produtiva da música e do entretenimento? Pretende-se apresentar elementos que facilitem a compreensão dos mecanismos de incentivo cultural via política pública. Para além do compromisso do Estado com a cultura enquanto direito fundamental, é fundamental sinalizar o papel e a responsabilidade da iniciativa privada nessa engrenagem que move artistas, públicos e logomarcas num gesto de consumo cultural das marcas. A geração de renda nos eventos, as relações de trabalho e a gestão de pessoas e equipe também são temas da diretoria executiva nos eventos.

Aula 07 – Potencializando a produção artística

Professora: Cátia Amaral (Catita) e Guilherme Lourenço (Gui)  

A cultura e as manifestações artísticas perpassam gerações, tempos e estão em constante aperfeiçoamento. Os modelos que estão postos carecem caminhar com a dinâmica do tempo.  Pretende-se potencializar possibilidades e olhares do produtor, otimizando fluxos, apresentando ferramentas a serviço de uma produção artística inclusiva com objetivo de pensar e organizar coletivamente através da troca de experiências, criando oportunidades e obtendo resultados que conectem artistas e equipes no evento.  

Aula 08 – Direção de Produção

Professor:  Dalila Bastos

Nesta etapa de Direção de Produção ocorre a execução de forma administrativa dos trabalhos planejados e organizados entre os setores da produção de um festival. A aula vai abordar diretamente o acompanhamento e desenvolvimento na Gestão das Equipes. Orientação e habilidade em diálogos nos setores técnicos e executivos, além da coordenação na utilização inteligente de recursos financeiros.

Aula 09 – Direção Técnica – “Em cima do Palco”

Professor: Cahue Teixeira

A aula aborda aspectos da coordenação e produção técnica de festivais, shows, congressos e transmissões online. Passando por todas as etapas da concepção técnica de um evento, são abordados durante o curso temas que envolvem sonorização, iluminação, vídeo (telões e projeções), roadagem, montagem de palco, equipamentos e acessórios, incluindo também transmissão online, meio que se tornou praxe no último ano. O curso lida com esses assuntos de forma dinâmica, expondo conceitos de produção técnica de acordo com o tamanho de cada evento, e sendo ilustrado com fotos e vídeos dos equipamentos mais utilizados, e explicações sobre como funcionam e suas aplicações.

MÓDULO D - COMUNICAR - ENGAJAR - ARTICULAR

Aula 10 – Coordenação de Comunicação

Professor: Flávia Ruas

As diferentes facetas da comunicação e outras áreas relacionadas. Comunicação articulada com as realidades. O plano de comunicação. Estruturação de equipe. Briefing como ponto de partida (conceito e identidade). Eventos culturais e seus espaços de mídia. 

Aula 11 – Redes Sociais

Professor: Giovanna Heliodoro e Pedro Valentim

As principais formas de usos e apropriações das redes sociais online por parte dos usuários. A construção de identidade. Visibilidade, vigilância e privacidade. Análise histórica do desenvolvimento das redes sociais. Conceitos, dinâmicas e valores relacionados a eles. Linguagem e conteúdo para diferentes plataformas (Instagram, Facebook, Twitter, YouTube, etc.) Estratégias de divulgação e cobertura de festivais e eventos culturais nas redes sociais. Comunidades, alcance, engajamento, insights, algoritmos e outros termos técnicos. Ferramentas que facilitam a vida e dicas que valem ouro. 

Aula 12 – Assessoria de Imprensa

Professor: Roger Deff 

A relação entre a imprensa e os projetos culturais, com foco nos festivais de música. Os caminhos necessários para que o trabalho artístico chegue até os veículos de comunicação, tratando dos desafios, oportunidades e estratégias. Discussão sobre o funcionamento da relação imprensa cultural e cena artística, abordando todo o percurso da assessoria até as publicações. 

Aula 13 – Cenografia Intuitiva

Professor: Bel Diniz

Como transpor o conceito e identidade gráfica do evento em elementos visuais/espaciais de alto impacto e baixo custo atendendo ao orçamento e à necessidade de comunicação com o público. Criando experiências sensoriais com a cenografia e ancoragem da memória do público. Elaborando um projeto cenográfico, produção e planejamento de execução.

Aula 14 – Narrativas Multimídia: a cobertura de eventos em tempo real

Professor: Daniel Iglesias 

Como contar a história e amplificar a voz do seu festival através de imagens. Nesta aula, vamos abordar as potencialidades da cobertura fotográfica e audiovisual, em tempo real,  de um evento musical. Para isso vamos explorar os recursos de produção de imagens de smartphones e seus aplicativos, olhando também para recursos transmídia de fusão de foto, vídeo, áudio e texto.

O curso vai se debruçar também sobre a formação de uma equipe de cobertura, a divisão de tarefas, roteiros de produção de imagens e a publicação em tempo real e em diferentes plataformas do material fotográfico e audiovisual.

Vamos discutir ainda sobre a filtragem e utilização da produção de imagens  feita pelo público para ampliar as vozes, a diversidade e o alcance da cobertura do festival.

MÓDULO E - REALIZAR - ACONTECER - REPERCUTIR

Aula 15 – Gestão de equipes | Check-list de Produção | Gestão Financeira

Professor: Mari Campos e Gabriel Assad

Chegou o dia do evento. Está tudo pronto? Nesse momento muitas ações estratégicas são feitas. Organizar as equipes de trabalho e repassar as funções é fundamental. Da montagem precisa, passando por toda a logística dos trabalhos até o credenciamento são apenas alguns dos pontos que precisam ser verificados nos check-lists. É importante também conferir os mapas de produção. Nesse momento, os agentes produtores já devem ter suas planilhas financeiras em dia para os devidos pagamentos, prestação de contas e relatórios. 

Aula 16 – Desprodução e Pós-Evento

Professor: Matheus Rocha

O evento acabou? Ainda tem muitas coisas a fazer. No processo de des-produção é feita a desmontagem de toda estrutura criada/adaptada ao seu festival, seguindo com possíveis devoluções de objetos utilizados para o dia das apresentações. A limpeza e organização estratégica de todo o lixo gerado (reciclagem e cuidados para um manuseio seguro) é um ponto fundamental. Além disso, é preciso pensar que do ponto de vista simbólico e mercadológico é interessante que seu festival tenha repercussão nas diversas mídias, seja pelo próprio público e os parceiros. Esses feedbacks são essenciais para novas ações e festivais ainda mais próximos da perfeição. 

ECC - FESTIVAL - SER - RECONHECER - PERCEBER

ECC – Trabalho de Conclusão de Curso

O evento de conclusão de curso é um festival de música realizado pelos participantes do curso. A proposta é envolver bandas da cena belorizontina e, durante dois dias, transmitir um festival online diverso e plural via YouTube. As gravações serão presenciais, quando os participantes poderão produzir e acompanhar todo o processo de realização e gravação dos shows e apresentações.    

Encontro de avaliação

Quando tudo termina é hora de avaliar e partilhar as experiências pessoais e coletivas. O encontro de avaliação, com foco no desenvolvimento do projeto pedagógico do curso e nos conhecimentos compartilhados em grupo, pretende ser um espaço de escuta e diálogo. Momento de celebração e construção de pontes para o futuro. 

Professoras e Professores